BEM – VINDO
O objectivo deste blog é duplo, dar a conhecer Pereiros de Ansiães, a sua história, a sua paisagem, o seu património e as suas tradições; é também uma forma de fazer aquilo que eu gosto, de partilhar emoções e memórias.

sábado, 10 de abril de 2010

PÁSCOA - 2010

A Páscoa tem sabores, cores, luz e cheiros próprios da nossa infância; lembra-nos a Primavera, os dias maiores, as grandes celebrações da Quaresma, o Domingo de Ramos, os folares,a festa... por isso, só faz sentido na aldeia. As pessoas, mesmo os que estão longe, regressam todos os anos.

Cruz cimeira da igreja
Flores de pereira

Sino grande da igreja de Pereiros. O sino marcou e marca a vida das pessoas ao longo de centenas de anos, todos os ritmos diários, o toque das trindades, o nascimento e a morte, as festas e as romarias.

Flores silvestres no Barreiro

Lilás

Fachada da igreja de Pereiros do quintal de João B. Pinheiro

Igreja de Pereiros vista lateral através das fores de pessegueiro

Flores de pereira

A Páscoa é assim, morte e ressurreição, simbolizada pela cruz e por este elegante fogaréu que representa a luz e a salvação.



Igreja Matriz de Pereiros de Ansiães - Fim de tarde do dia de Páscoa



Toque de Páscoa tradicional aqui executado por Joaquim Coelho.
Tocar o sino é uma forma de reviver todas as Páscoas passadas na aldeia. Antigamente os rapazes tinham que esperar pela sua vez para tocar.



o Raul enviou este texto que ilustra bem a visita pascal.

Não fui à Pascoa e tenho pena. No Sul, só nos lembramos porque os supermercados estão cheios de amêndoas, há o feriado e pouco mais. Lembro-me muitas vezes Como era a Páscoa em Pereiros nos idos anos 60. Grandes limpezas nas casas e na rua, as flores por todo o lado, os folares, os sinos a tocar todo o dia e as visitas pascais.

É claro que a comitiva da visita chegava ao fim "pouco católica" depois de beberem tantos cálices...


As memórias de infância ficam registadas como um filme que temos guardado.Ainda a propósito da Páscoa em Pereiros, lembrei-me de um pequeno episódio no início dos anos 60.

Esteve na nossa Paróquia um sacerdote chamado Padre Cordeiro. Quem se lembra dele, sabe que ele era um pouco "avançado" para a época. Tinha também uma particularidade: coxeava de uma perna. Na visita pascal, quando já a meio das visitas, justificava-se irem todos "ao balão".

Quando visitou a nossa casa, a minha mãe reparou que o equilíbrio dele estava um pouco afectado, então disse-lhe: Sr. Padre tenha cuidado porque pode cair.

Respondeu o Padre Cordeiro: D. Leonor, fique descansada porque eu já sou coxo há muitos anos...


Raúl Figueiredo


2 comentários:

  1. As memórias de infância ficam registadas como um filme que temos guardado.
    Ainda a propósito da Páscoa em Pereiros, lembrei-me de um pequeno episódio no início dos anos 60.
    Esteve na nossa Paróquia um sacerdote chamado Padre Cordeiro. Quem se lembra dele, sabe que ele era um pouco "avançado" para a época. Tinha também uma particularidade: coxeava de uma perna. Na visita pascal, quando já a meio das visitas, justificava-se irem todos "ao balão".
    Quando visitou a nossa casa, a minha mãe reparou que o equilíbrio dele estava um pouco afectado, então disse-lhe: Sr. Padre tenha cuidado porque pode caír.
    Respondeu o Padre Cordeiro: D.Leonor, fique descançada porque eu já sou coxo há muitos anos...
    Raúl Figueiredo

    ResponderEliminar