Mês de Maio, os dias parecem intermináveis, fins de tarde amenos em tons dourados, aromas de flores de Primavera transbordam dos quintais.
Passei pela rua de cima em frente à igreja e lembrei-me daquele cântico com se fosse hoje...! A letra e a música, até a forma lenta e timbrada como as mulheres da aldeia cantavam. Podia cantá-lo exatamente da mesma maneira como se tivesse sete ou oito anos.
O que me transportou para a minha infância!? O mesmo ambiente, os cheiros, o toque do sino? não faço ideia.
O que importa é que passei por aqui no mês de Maio.
O que importa é que passei por aqui no mês de Maio.
O mês de Maio era o mês de Maria, na minha infância rezava-se o terço todos os dias do mês, ao fim do dia, na igreja.
Acompanhava a minha mãe quando começava a escurecer. Não ia contrariado, pelo contrário, tínhamos alguns minutos, enquanto as pessoas se juntavam, para jogar ao esconde esconde no adro da igreja!. Vivíamos numa época de trabalho árduo, nem toda a gente conseguia estar à mesma hora, como o terço não começava sem as frequentadoras habituais, estava garantido o nosso jogo.
O terreiro do adro com as suas oliveiras e recantos da igreja era o local ideal. 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10! E o jogo começava. O tempo parava enquanto nos escondíamos no escuro, quem fosse encontrado perdia, ganhava quem conseguisse regressar ao ponto de partida sem ser apanhado.
Acompanhava a minha mãe quando começava a escurecer. Não ia contrariado, pelo contrário, tínhamos alguns minutos, enquanto as pessoas se juntavam, para jogar ao esconde esconde no adro da igreja!. Vivíamos numa época de trabalho árduo, nem toda a gente conseguia estar à mesma hora, como o terço não começava sem as frequentadoras habituais, estava garantido o nosso jogo.
O terreiro do adro com as suas oliveiras e recantos da igreja era o local ideal. 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10! E o jogo começava. O tempo parava enquanto nos escondíamos no escuro, quem fosse encontrado perdia, ganhava quem conseguisse regressar ao ponto de partida sem ser apanhado.
Chegada a hora do terço não era preciso chamar-nos ou levantar a voz. todos sabíamos o nosso lugar e lá íamos, em silêncio, respeitosamente, para dentro da igreja. O desenrolar das Avé Maria parecia interminável mas, no fim, cantava-se este cântico como se fosse uma súplica e um adeus, antes de regressar a casa já noite cerrada.
O DIA CHEGOU AO FIM...
SILÊNCIO... A NOITE DESCEU!
BOA NOITE... PAZ EM DEUS...
Lindo texto, cheio de poesia. Parabéns!
ResponderEliminarLindo texto, cheio de poesia! Parabéns!
ResponderEliminarBoa noite Hernâni
ResponderEliminarSou neta de César Augusto Moreira e Isabek Maria Seixas
Bisneta de Joaquim Alves Moreira e Maria Angelica Fidalgo pais do meu avô César
E também bisneta de Jose de Seixas e Maria Angelina Fidalgo país de minha avó Isabel
Recentemente a prima Adelaide Moreira faz parte da minha família de Portugal
Moro no Brasil. Penso em breve conhecer onde meus avós nasceram e conhecer alguns parentes.
De quem vc é filho?
Abraços Marlene
Boa tarde Marlene,
EliminarA sua bisavó Maria Angélica Fidalgo, era irmã do meu bisavó Augusto Lopes Fidalgo, o meu pai tinha exatamente o nome dele. O meu bisavô foi para o Brasil em 1914 e nunca mais voltou, deixando para trás a mulher e quatro filhos pequenos...! Esta história de família é por todos conhecida e muitas vezes contada pelo meu avô. Daí o meu apelido.
Conheço perfeitamente a Adelaide porque mantenho uma ligação afetiva a Pereiros, onde nasci.
Um abraço,
Hernâni