"Quem não tem cão caça com gato" um ditado popular antigo que faz todo o sentido. Como o tempo é escasso fica-se apenas com os fins de tarde do mês de Maio. Mas que fins de tarde! Uns fragmentos aqui e ali, pequenos percursos sem nada definido. Cores quentes, calor, uma brisa ligeira que nos traz os cheiros do campo e uma luz fantástica que ilumina toda a paisagem de forma mais intensa.
Não é preciso ir muito longe, basta uma pequena volta pelos arredores de Pereiros. É só sair de casa!
Atravessando a aldeia, no caminho da Eira, uma autêntica carpete de flores e uma vista soberba sobre o vale da Veiga e os Carvalhais.Não é preciso ir muito longe, basta uma pequena volta pelos arredores de Pereiros. É só sair de casa!
Contornando o caminho, a cerca do Barreiro com algumas das suas plantas exóticas muito antigas. O mau estado geral é confrangedor. Confrangedor também é o silêncio, atravessa-se a aldeia e praticamente não se vê ninguém, nota-se a falta das pessoas.
Outra perspectiva, outro pequeno passeio, contornando Pereiros pelos fundos, pela Quintã o objectivo é o Santo do meu avô. (claro que o Santo é dos meus pais mas, para mim há-de ser sempre o Santo do meu avô Adelino.)
Como sempre vou dar a minha volta ao Santo, o sobreiro grande do meu avô transporta-me até à minha infância, há poucos sítios no mundo onde me sinta melhor!
Coisas de beira de estrada, é só olhar. Começa no planalto, no Alto do Termo, aqui ainda se cultivam alguns cereais, coisa rara nos tempos que correm, depois é sempre a descer até à aldeia.
As maias fazem jus ao nome, deixam um colorido intenso que combina bem com as grandes formações graníticas típicas de Pereiros.
Outro pequeno percurso nesta sequência de fotografias em sentido contrário. Começa na estrada para Freixiel e vai apenas até ao Vaipri. Um dia destes vou descer até ao rio Tua. Abreiro espreita ao longe.
A Mata ao longe, imponente, é um desafio a fazer pela estrada de terra batida para os Folgares. Qual será a vista do alto da Pena?
Entre Abril e Maio estes percursos mudam de tonalidade e de cheiro. Os dias estão muito mais quentes, o fim de tarde torna-se ameno e suave. A ponte lá ao fundo é sempre uma vista que se impõe.
Os sobreiros, se a natureza lhes trouxer um bom ano de chuva, como este ano e se o homem pela incúria ou maldade não contribuir para a desgraça que são os incêndios, se lhes derem uma oportunidade, eles vingam. Há vários anos que não estavam tão bonitos como este ano, mesmo aqueles que lutam pela sobrevivência rejuvenesceram.
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