Na crescente comunidade dos fotógrafos de vida selvagem, da observação de aves e dos adeptos do "rewilding", a poupa tem um lugar de destaque. Esta atividade, a crescer rapidamente em Portugal, já era uma moda na Europa há muitos anos, estão a ser instalados abrigos de observação e fotografia de aves em parques naturais de forma a observar, divulgar e defender as espécies. É o caso do Parque Natural Regional do Vale do Tua ao qual nós pertencemos. São definidos percursos para caminhada e observação e selecionados pontos de grande abundância ou especializados em espécies naturais onde são instalados abrigos para não incomodar as aves.
A poupa é uma ave de grande beleza, com múltiplos enquadramentos e fotografias inesperadas. Vive muito próxima das pessoas mas é esquiva, desconfiada e esperta.
Esta tinha um encontro comigo bem perto, quando se vive no meio da natureza, ela vem ter conosco. Foi positivamente este caso.
A fotografia é o mundo do domínio da luz, por isso, é um compromisso entre o iso, a sensibilidade do sensor de luz, a velocidade do obturador da máquina e a abertura da lente. Mesmo que o equilíbrio seja mantido há, ainda, as limitações da máquina que se usa. Algumas dessas dificuldades estão bem à vista nestas fotos.
Escolheu o buraco para instalar o ninho na rua principal, à vista de toda a gente. Usa uma travessa que liga o campo, onde procura as larvas, assim, basta atravessar a rua!
Habituada a alimentar os filhotes, mudou rapidamente essa rotina. Havia um intruso a espiar a sua vida familiar!
Deixou de usar a travessa e passou a descer a rua principal. Expunha-se mais mas controlava o espião. Em sinal de defesa e proteção entrava no buraco do ninho e lá permanecia.
Afastei-me vários dias, não fazia sentido interferir mais.
Quando regressei, com alguns cuidados, parecia que já me conhecia, com o sol da manhã as fotos saíram ainda melhor, mais intensas e brilhantes.
Por este ano chega!!Talvez consiga tirar algumas fotos aos filhotes quando estiverem criados e em liberdade.
As rolas, outrora muito abundantes, têm estado em declínio constante nas últimas décadas. Em Pereiros e no vale do Tua são abundantes. Próximas e familiares são fáceis de fotografar.
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