Terra fria era o nome depreciativo que os nossos avós agricultores davam ao planalto. Terra fria onde não se davam as oliveiras e a vinha, a grande riqueza da terra quente. Os Pereiros pertenciam à terra quente. Infelizmente hoje essa denominação não faz muito sentido. Não por razões climáticas mas sim por razões económicas. A agricultura perdeu rendimentos e está, mais ou menos, abandonada em todo o lado. Ao menos a terra fria ficou com a paisagem nestes dias de Janeiro e de Inverno.
A Samorinha espreita por entre pinheiros, é ponto mais alto do planalto. Ao longe a aldeia mete inveja para quem gosta desta paisagem.
Na anta de Zedes repousam as memórias funerárias dos nossos antepassados longínquos agricultores do Neolítico. Com mais ou menos cinco mil anos é uma das mais bonitas antas de corredor do país. Sobranceira ao campo de cultivo, mostra-nos como as mudanças estruturais são lentas e permanecem no tempo.
Os extremos tocam-se neste castanheiro centenário. O frio extremo do Inverno em contraste com o calor do fogo de Verão.
Daqui para baixo, do cruzamento da Felgueira, começa a descida para a terra quente. A neve desapareceu! Que inveja!
Lindo.
ResponderEliminarSaudações