Alguém me disse, já chegaram as portas da igreja. Pus-me a caminho, subi pelas "portas pretas" em direção à igreja. Não levei a máquina fotográfica, o sol ia alto, não seria uma boa luz para as fotografar. Além disso, ainda tenho de fotografar o teto restaurado que tanto me agradou. Fui à igreja e fiquei maravilhado com as portas! Mas a história não é essa... lá irei à igreja com a luz certa.
Enquanto descia as "portas pretas" reparei na porta do Sr. Alexandre entreaberta, não estranhei, ainda bem que alguém com a idade dele pode deixar a porta entreaberta. Reparei sim, no arranjo original que ele tinha naquela velha porta. Fui a casa buscar a máquina fotográfica e, em dois minutos, estava de volta. Só que agora o "dono da casa" estava sentado ao lado da porta.
Acabei a explicar a razão de estar ali, ao meio da tarde, com a máquina fotográfica na mão. Entre risos disse-lhe, quero que fique no lugar onde estava sentado. Não costumo fazer isto, gosto de fotografia de rostos pela sua expressividade mas não gosto de ser intrusivo na privacidade das pessoas. O Sr. Alexandre é um velho amigo a quem admiro a simplicidade, simpatia, fino trato e o gosto de conversar, coisa que cultivamos um com o outro há muitos anos.